quinta-feira, 31 de maio de 2012

COLUNA REVISTA ELETRÔNICA / 2012

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Texto Enviado por: Lua Barreto
Extraído site: Lá onde nasce a poesia
Postado por: Companhia Corpo na Contramão
(Colunista - 2º texto)
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Medo? O amor não o conhece


          Medo... Sentimento envolto de mistério e segredos indecifráveis que nos atinge de uma forma inexplicável. Não sabemos como nem por que, mas ele vem. Surge em nossas vidas em momentos cruciais. A reação mais comum é a negação, não é mesmo? Negar tudo que se pode viver, negar momentos bons a nós mesmos. Não sei ao certo, mas uma boa resposta ao medo seria a tentativa. Arriscar-se. Privar-nos da privação. E sim viver aquilo que a vida colocou em nossa frente. Medo de amar novamente? Medo do trabalho? Medo de alguém? Medo da própria vida? Enfim, nessa difícil questão optamos, na maioria das vezes, pela alternativa que nos leva a um só caminho: ao sofrimento.
           Em se tratando de amor, ou quem sabe um simples sentimento de afeto, a dor inevitavelmente aparece. É necessário não ter medo, literalmente. Usar-se de clichês, de coragem, de verdade. A vontade não é partir um coração, fazer com que ele sofra mais uma vez. Ao contrário, é enchê-lo de esperança, de alegria. É ver os lábios se movimentarem, dando aquele simples sorriso ao se lembrar de alguém. Porém, o coração não está pronto. Sim, às vezes é preciso somente dar um tempo a ele... Nesse momento, o que surge mais uma vez? A dor. O sofrimento. O medo. Dar tempo ao tempo é uma tarefa extremamente árdua, mas necessária. Mas o coração é teimoso, insiste naquilo que acredita. Quando dois lábios se juntam, os corações se unem ao mesmo tempo. Isso, como o medo, também não se explica. Quando a dor escapa aos olhos, fato que não se pode disfarçar, a reação é um sorriso forçado, que aparece notadamente fora de hora. Mais uma vez, a intenção não é magoar de novo, forçar algo que não existe. É uma mera tentativa de aliviar a dor do outro... Este estar perto e ao mesmo tempo estar longe causa medo. Medo de sentir medo...
           Estamos vivos, temos o direito de recomeçar sempre. Ninguém pode tirar isso da gente. Sabe, a vontade não é dizer “fique bem”. A real intenção é te fazer ficar bem... Infelizmente, às vezes, não somos compreendidos. Ou até somos, mas o momento ainda não é o certo. O que fazer então? Valho-me das palavras de Clarice Lispector: “Quando fazemos tudo para que nos amem e não conseguimos, resta-nos um último recurso: não fazer mais nada. Por isso, digo, quando não obtivermos o amor, o afeto ou a ternura que havíamos solicitado, melhor será desistirmos e procurar mais adiante os sentimentos que nos negaram. Não fazer esforços inúteis, pois o amor nasce, ou não, espontaneamente, mas nunca por força de imposição. [...] Assim, repito, quando tivermos feito tudo para conseguir um amor, e falhado, resta-nos um só caminho: o de mais nada fazer.”
          Mas eu completaria, ainda, com uma simples frase, porém carregada de significado: só temos uma vida para viver. Não temos tempo para esperar.
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Autor: Guilherme Lima
(Colunista - 1º Texto).
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